“Em dezembro de 81”: a história do hit de rock que virou “hino” do Flamengo
Em 29 de novembro de 2025, o Flamengo conquistou a Copa Libertadores, encerrando a temporada com a mais importante competição continental do futebol sul‑americano. O título, ganho na última partida da final, teve repercussão imediata, consolidando o clube no topo das tabelas de clubes e reforçando a expectativa de participação no Mundial de Clubes de 2026. A vitória também fortaleceu a posição do Flamengo no ranking da FIFA e elevou a confiança da comissão técnica em relação às projeções de longo prazo.
Ao longo da fase de grupos e da fase de mata‑mata, a equipe carioca exibiu desempenho consistente. A defesa, comandada pelo zagueiro titular, registou apenas três gols sofridos em sete jogos, enquanto o ataque produziu 18 gols, refletindo uma taxa de 2,57 gols por partida. A média de posse de bola se manteve acima de 55 %, e a eficácia no cruzamento e no final de jogadas criativas ficou em torno de 48 %. Esses números posicionaram o Flamengo entre os clubes mais sólidos em termos de desempenho técnico e tático no torneio. No contexto da competição, o clube superou equipes de tradição como River Plate, Boca Juniors e Palmeiras, garantindo assim o acesso ao torneio intercontinental.
Para além do desempenho em campo, o Flamengo se destacou por seu forte engajamento cultural. Durante a final, as arquibancadas cantaram uma paródia da música “Primeiros Erros”, de Capital Inicial, que tem sido amplamente associada ao clube desde 2019, quando o clube conquistou seu terceiro título de Libertadores. A letra, iniciada com “Em dezembro de 81”, faz referência ao clássico confronto de 1981, quando o Flamengo derrotou o Liverpool por 3 a 0 na partida decisiva da Copa Intercontinental. A versão paródica, criada pelo auxiliar administrativo Eric Barceleiro em 2011, foi popularizada nas redes sociais e tornou-se um símbolo de identidade da torcida, embora não faça parte da estratégia esportiva da equipe. A presença desse hino no estádio evidenciou a interseção entre tradição, memória coletiva e o contexto contemporâneo do futebol brasileiro.
Com o título da Libertadores em mãos, o Flamengo entra agora em fase de preparação para o Mundial de Clubes. A comissão técnica avaliará as cargas de trabalho, possíveis lesões e a necessidade de reforços para manter a competitividade em nível internacional. Paralelamente, a administração do clube iniciará negociações de contratos e estrutura de logística para a viagem à Ásia, onde o torneio será disputado. O clube, portanto, concentra esforços na consolidação de seu elenco e no planejamento estratégico de longo prazo, enquanto a torcida continua a acompanhar de forma ativa os desdobramentos dessa fase histórica.
