OIS, EIS e IBIS são os tipos mais comuns de estabilização de imagem em câmeras; entenda as diferenças e qual a melhor para suas fotos e vídeos

Estabilização de imagem é uma tecnologia usada em celulares, DSLRs e outros dispositivos para minimizar borrões causados por movimentos involuntários da câmera durante a captura de uma foto ou vídeo. Entenda as vantagens e desvantagens dos três métodos mais comuns: estabilização óptica (OIS), digital (EIS) e no corpo (IBIS).

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A estabilização de imagem nas câmeras ou celulares pode ser mecânica, quando componentes se movem fisicamente para compensar trepidações, ou digital, quando um algoritmo processa a imagem para suavizar movimentos indesejados. Os tipos mais comuns de estabilização são:

A estabilização óptica é melhor que a digital na maioria das situações porque compensa os movimentos indesejados mecanicamente. Essa característica preserva a qualidade da imagem e leva a resultados mais precisos.

Até movimentos curtos podem causar borrões, rastros e desfoques em uma foto ou vídeo. Como a OIS desloca os elementos internos da lente de modo proporcional para compensar esses movimentos, a tecnologia ajuda o usuário a fazer bons registros quando não há tripé, gimbal ou uma superfície para estabilização.

Tecnologias de estabilização óptica são úteis principalmente em uma lente teleobjetiva que alcança distâncias focais longas. Imagens tremidas ou borradas aparecem com mais intensidade à medida que o zoom óptico aumenta.

Já a estabilização digital exige que as extremidades da imagem sejam cortadas para que esse conteúdo sirva de margem de compensação. Trata-se de uma solução mais barata que a óptica, mas que pode diminuir a nitidez da imagem ou causar distorções tão indesejadas quanto os efeitos de trepidação.

Contudo, a estabilização de imagem pode não gerar resultados satisfatórios quando os movimentos indesejados são vigorosos ou o ambiente tem muita variação de luminosidade. Nessas circunstâncias, ajustar parâmetros como velocidade do obturador e ISO pode ajudar a estabilizar a imagem.

A estabilização digital pode oferecer bons resultados na gravação de vídeo. Com auxílio de um giroscópio ou um acelerômetro, a técnica compara os quadros da filmagem para identificar pixels que correspondem a movimentos involuntários. Em seguida, uma compensação é aplicada.

Por ser baseada em software, a EIS ajuda a reduzir o custo de fabricação de câmeras ou celulares. A tecnologia também pode ser empregada como alternativa para equipamentos com pouco espaço físico para sistemas de estabilização óptica ou por sensor, como uma câmera de ação.

Também é possível usar estabilização digital para amenizar trepidações em vídeos já gravados. Softwares como Adobe Premiere, Sony Vegas e Final Cut Pro têm recursos para esse fim. Contudo, a efetividade dessas soluções varia de acordo com a intensidade dos movimentos indesejados no vídeo.

A estabilização no corpo (IBIS), também conhecida como sensor-shift, está disponível em câmeras modernas e em alguns celulares avançados. A tecnologia pode ser uma opção melhor que o OIS quando a velocidade do obturador é baixa ou a distância focal é próxima.

Como o sensor-shift é implementado na câmera, a tecnologia também permite que a estabilização de imagem funcione com uma lente sem estabilização óptica.

Sistemas de IBIS podem ainda funcionar em conjunto com uma lente com OIS. Essa estabilização híbrida permite que a compensação de movimentos indesejados seja eficiente tanto com distâncias focais curtas quanto longas, de acordo com a Canon.

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Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Foi reconhecido nas edições 2023 e 2024 do Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.