Homem que matou colega após briga por lotes e política vai a júri
Um homem de 52 anos, Walfredo Romano Alves Junior, será julgado pelo Tribunal do Júri nesta quarta-feira, 3 de dezembro, por ter matado seu colega Hernando Antônio da Silva, de 36 anos, após uma briga durante um churrasco em fevereiro de 2024, em Planaltina, no Distrito Federal. O crime ocorreu na QR 6 de Arapoanga, onde Walfredo morava, e a vítima morreu na hora após ser baleada com uma espingarda calibre 12. Quando a Polícia Militar chegou ao local, Walfredo já había fugido de carro, e a arma também não foi encontrada. O suspeito foi preso posteriormente e alegou que o disparo foi acidental, pois a vítima “tinha fama de ser perigosa e aparentava estar armada”.
A briga entre os dois homens começou durante um churrasco, quando discutiram sobre política e lotes. Walfredo alegou que o desentendimento começou após Hernando voltar do banheiro “totalmente descontrolado, dizendo que iria matar Walfredo e cortar o pescoço de suas filhas”. No entanto, Walfredo negou que tenha falado sobre lotes e afirmou que Hernando era grileiro de terras. Ele também explicou que tinha a arma em casa para defesa própria e da família, por ter sido assaltado diversas vezes na chácara em que mora. A investigação apontou que Walfredo atirou na vítima após a discussão, e ele pode pegar de seis a 20 anos de prisão se for condenado por homicídio qualificado por motivo fútil.
O caso gerou grande impacto na comunidade, especialmente porque a vítima, Hernando Antônio da Silva, era uma pessoa conhecida e respeitada. Ele trabalhava como operador de máquinas pesadas e morava com um amigo em uma chácara no Altiplano Leste, no Paranoá, Distrito Federal. Hernando deixou uma filha adolescente e uma namorada, e era conhecido por publicar fotos de sua rotina e mensagens motivacionais nas redes sociais. A defesa de Walfredo não foi contactada, e o espaço segue aberto para possíveis manifestações. O julgamento do caso está previsto para ocorrer na quarta-feira, 3 de dezembro, e pode trazer mais esclarecimentos sobre o que realmente aconteceu durante o churrasco em que a vítima foi morta.
O réu responde ao processo preso preventivamente, e o Tribunal do Júri vai decidir sobre a culpabilidade de Walfredo Romano Alves Junior. O caso é considerado grave, especialmente porque envolve um crime cometido por motivo fútil, ou seja, uma discussão banal que terminou em tragédia. A comunidade aguarda o julgamento para saber se Walfredo será condenado ou absolvido, e para entender melhor o que levou ao crime. O caso também destaca a importância da segurança e do controle de armas, especialmente em eventos sociais onde as pessoas podem se encontrar em situações de conflito. A investigação e o julgamento do caso devem trazer mais esclarecimentos sobre o que aconteceu e como pode ser evitado que casos semelhantes ocorram no futuro.