Limp Bizkit volta aos palcos com homenagem a Sam Rivers e baixista substituto
No último sábado, 29, o Limp Bizkit retomou os palcos da América Latina com um show na Cidade do México que marcou a primeira apresentação da banda após a morte do baixista Sam Rivers, em 18 de outubro, aos 48 anos. Antes de o quarteto entrar em cena, um telão exibiu imagens de Rivers em turnês anteriores, acompanhadas das frases “Sam Rivers, nosso irmão para sempre” e “Sam Rivers, nós te amamos para sempre”. Fred Durst, Wes Borland, John Otto e DJ Lethal assistiram às imagens de costas para a plateia, abraçando-se ao fim da exibição — gesto que, segundo relatos presentes no local, silenciou o público por quase um minuto. A turnê, que já tem datas confirmadas em seis países, chega ao Brasil em 20 de dezembro, no Allianz Parque, em São Paulo.
A escalação da produção mantém a estrutura original de palco e setlist montada antes da perda, mas com uma mudança pontual no lineup: o baixo foi assumido por Richie “Kid Not” Buxton, produtor e compositor da australiana Ecca Vandal, uma das cinco bandas de abertura do itinerário. Buxton, que já colaborou com membros do Cypress Hill e do Linkin Park em estúdio, adaptou os clássicos como “Break Stuff” e “My Generation” ao formato de quatro cordas sem alterar os arranjos originais gravados por Rivers desde o disco “Three Dollar Bill, Y’all$” (1997). A escolha de um músico ligado à cena de abertura, e não a um nome já estabelecido no nu metal, evitou comparações imediatas e, ao mesmo tempo, reforçou a lógica de turnê com custos enxutos: todos os suportes técnicos — console Midas Heritage 3000, sistema de atraso line-array e iluminação LED de 250.000 lumens — seguem sendo transportados em apenas oito containers, número igual ao da última passagem pela América Latina em 2012.
O roteiro latino começou no Foro Sol, na capital mexicana, casa com capacidade para 50 mil pessoas — público que, segundo a promotora C3 Presents, atingiu 92% de ocupação. Os próximos destinos são San José (2/12), Bogotá (5/12), Lima (9/12), Santiago (13/12), Buenos Aires (16/12) e, por fim, São Paulo. Ingressos para o show brasileiro continuam à venda pela Eventim, com valores que variam de R$ 240 a R$ 640, incluindo o chamado “Golden Circle” com acesso a área frontal de pista. A produção local, da empresa T4F, confirma que o espetáculo terá duração de duas horas e dez minutos, com encerramento previsto às 23h30, cumprindo o protocolo de som do estádio. Não há previsão de transmissão ao vivo; contudo, o registro oficial de áudio e vídeo será armazenado para possível uso de arquivo, informou o empresário da banda, Peter Katsis, sem detalhar futuro lançamento.
A turnê também serve como ciclo de divulgação do sétimo álbum de estúdio, ainda sem título definido, gravado entre 2021 e 2023 nos estúdios de Wes Borland em Los Angeles e no home studio de Durst em Hollywood. Embora nenhuma faixa nova tenha sido executada no México, o grupo testou durante os ensaios em setembro um instrumental baseado em groove de 98 BPM que, segundo o técnico de monitoramento Matt “Money” Jones, remete ao swing de “Re-Arranged” e à textura eletrônica de “My Way”. A produção está a cargo de DJ Lethal e do engenheiro de som Zach “Bear” Phillips, responsável pelas gravações do disco “Gold Cobra” (2011). Até o momento, a única informação oficial sobre o lançamento é de que o disco deve chegar às plataformas digitais no primeiro semestre de 2025, sem intervenção de gravadora: o financiamento foi realizado via venda direta de merchandising especial e cotas de patrocínio de marcas de bebidas energéticas e fones de ouvido.