Saiba o que é e como montar um Hackintosh, um computador não-Apple configurado para rodar o sistema operacional macOS
Hackintosh é todo computador que não seja um Mac, configurado para rodar o macOS, um procedimento que a Apple odeia, mas que hackers, curiosos e gente querendo economizar uns trocados costuma executar com frequência. Saiba mais sobre o Hackintosh, por que fazer um e por onde começar a instalar o macOS no PC.
Um Hackintosh é, como o nome sugere, um computador que não seja da Apple (os derivados da arquitetura IBM-PC, que rodam Windows ou Linux) devidamente preparado ou “hackeado” para rodar o macOS, o sistema operacional do Mac ou “Macintosh”, o nome original da categoria de computadores da maçã, daí o nome.
Originalmente, o macOS não podia ser instalado em computadores não-Apple, mas isso mudou em 2005, quando a companhia trocou os processadores PowerPC pelos da Intel, os mesmos presentes em PCs. Ainda que a Apple tenha se antecipado e implementado defesas junto com a Intel, quando lançaram os primeiros Macs com os novos chips em 2008, os hackers conseguiram criar os primeiros Hackintoshes na mesma época.
Desde que o computador do usuário utilize componentes compatíveis com o macOS, é possível montar uma máquina que atenda a todas as suas necessidades, com mais ou menos memória RAM, processadores poderosos ou placas de vídeo de gerações recentes, não se limitando à configuração específica dos Macs.
Ao mesmo tempo, o usuário poderá atualizar seu Hackintosh sempre que ele ficar defasado ou começar a dar sinais de lentidão, algo que não é tão simples ou mesmo possível, com os Macs.
Convenhamos, os computadores da Apple são muito caros. Mesmo os modelos outrora considerados “de entrada”, como a linha Mac mini, são hoje vendidos por valores nada convidativos e a configuração não costuma ser tão alta. Com um Hackintosh, é possível montar uma máquina similar a um preço menor ou mais potente pelo mesmo preço.
Ainda assim, dependendo do que o usuário deseja fazer, os custos ainda serão altos: um Hackintosh baseado no Mac Pro (2019) pode custar cerca de US$ 1,5 mil a menos na configuração básica, mas ainda é um tremendo investimento para montar um do zero.
Embora o processo de montar um Hackintosh seja mais simples hoje em dia (graças à Apple fornecer o download do macOS para usuários que desejam atualizar seus Macs fazendo instalações limpas), ele não é de todo fácil. Em geral, o usuário precisa ter conhecimentos de intermediários para avançados em computação, especificamente como lidar com hardware e software.
Habilidades em programação não são obrigatórias, mas podem ajudar.
O usuário terá que escolher a dedo quais peças são compatíveis para montar um Hackintosh ou para determinar se um laptop é capaz de executar o sistema da maçã ou não; é preciso também configurar a BIOS e o sistema de boot, entre outras coisas.
Por isso mesmo, montar um Hackintosh do zero permite que o usuário aprenda mais sobre manutenção de computadores e conheça sua máquina de ponta a ponta, conhecimentos estes que poderão ser aplicados em outras atividades no futuro.
Antes de mais nada, é preciso conhecer quais componentes são homologados pela Apple para seus Macs, de modo a adquirir as mesmas peças ou laptops que as contenham. Nem todo PC com processador Intel é elegível e o usuário deve ficar atento.
Uma boa dica é consultar o site Hackintosh.com, que lista todos os componentes que podem ser usados para montar seu próprio PC para rodar o macOS.
Sim. A Apple não permite (conforme os termos de aquisição do software) que o macOS seja instalado e executado em computadores que não sejam Macs, mesmo em casos de virtualização; para montar uma máquina virtual com o sistema operacional, só no Mac.
A Apple travou (e venceu) longas batalhas judiciais com empresas que vendiam Hackintoshes prontos, mas nunca procurou punir os consumidores que criam os seus próprios hacks em casa, se limitando adicionar novas camadas de segurança nos componentes compatíveis e no macOS. No fim, é uma corrida de gato e rato.
Portanto, montar um Hackintosh é um processo que ficará inteiramente por sua conta e sem suporte, embora possa ser uma experiência complicada, instrutiva e até divertida.
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