Relato devastador sobre jovem atacado e morto por leoa viraliza
No dia 30 de novembro de 2025, um jovem chamado Gerson de Melo Machado, conhecido pelos apelidos Vaqueirinho, morreu em um zoológico na Paraíba depois de ser atacado por uma leoa. O incidente ocorreu no recinto de leões do mesmo local, onde o rapaz havia invadido a cerca e entrou na área de animais. O ataque resultou na morte do jovem no local, e a notícia rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando comentários de pesar e indignação.
Conselheira tutelar que acompanhou Gerson por quase oito anos descreveu sua trajetória de abandono, violência e sofrimento. Quando o jovem tinha apenas dez anos, ele foi encontrado sozinho na BR por policiais rodoviários federais e levado para a sala de um Conselho Tutelar, onde foi entregue à conselheira e à colega Patrícia Falcão. Ao longo de quase uma década, a conselheira relatou ter lutado por direitos do rapaz, defendendo-o em processos de adoção e garantindo apoio à sua família. A jovem, que era filha de uma mãe esquizofrênica e avó com transtornos mentais, nunca teve a possibilidade de ser adotada por outra família, permanecendo sob a tutela do Estado.
O relato da conselheira, publicado em redes sociais, enfatizou que Gerson sempre desejou sair de uma situação de sofrimento, até mesmo mencionando um sonho de viajar para a África e cuidar de leões. Em suas mensagens, a conselheira destacou que o jovem havia sido constantemente protegido pela rede de tutelamento, mas que, em 2025, a busca por um fim no sofrimento se manifestou de forma trágica. Comentários nas redes variaram de expressões de tristeza a críticas ao estado de proteção oferecida, como “Situação muito triste! Ele só estava querendo por um fim no sofrimento dele” e “Apenas mais uma prova do quanto nosso estado é ineficiente quando se precisa dele”.
A repercussão da morte de Gerson traz à tona a discussão sobre a segurança em zoológicos e a eficácia das políticas de proteção a menores em situação de vulnerabilidade. O caso demonstra a necessidade de revisão de protocolos de segurança em locais de exibição de animais e a importância de fortalecer as redes de apoio aos menores em situação de tutela. Embora não haja dados oficiais sobre a frequência de incidentes semelhantes, a divulgação do caso tem contribuído para um debate mais amplo sobre direitos humanos, proteção infantil e segurança pública no Brasil.