Relembre campanhas de Palmeiras e Flamengo na Libertadores
Sábado, 29 de novembro, define-se em Lima o primeiro tetracampeão brasileiro da Libertadores: Palmeiras e Flamengo fazem a final única às 18h (de Brasília), no Estádio Nacional, com o torneio pela primeira vez decidido entre dois clubes do país que já somam nove títulos entre si. O confronto coloca frente a frente o time que melhor rendeu desde a fase de grupos e a equipe que teve de tirar proveito da experiência para superar uma campanha irregular na primeira fase, mas cresceu nos mata-matas.
O Palmeiras chega à decisão como melhor campanha geral pela sexta vez em oito temporadas, sob o comando de Abel Ferreira. Líder absoluto do Grupo G, o Verdão somou 18 pontos em 18 possíveis, com seis vitórias, 14 gols marcados e apenas dois sofridos. Nas oitavas, superou o Universitario com dois triunfos por 2 a 0; nas quartas, bateu o River Plate por 3 a 1 no agregado; e na semifinal despachou a LDU com 4 a 1 total. O retrospecto confirma a consistência defensiva — sete gols sofridos em dez jogos — e o poder ofensivo de um elenco que alternou velocidade e intensidade sem perder efetividade. A escolha de Lima como sede, longe dos dois clubes, neutraliza vantagens de altitude ou clima, exigindo do Palmeiras a mesma regularidade que teve ao longo do campeonato para manter o favoritismo estatístico.
Do outro lado, o Flamengo teve de reverter expectativas. No Grupo C, terminou em segundo lugar com 11 pontos, atrás da LDU no saldo de gols e à frente do Central Córdoba pelos critérios de desempate. Foram três vitórias, dois empates e uma derrota, com dez gols marcados e sete sofridos — números que indicaram instabilidade, mas serviram como alerta para um time que manteve a base campeã de 2022. A virada começou nas oitavas contra o Internacional: empate por 2 a 2 no Beira-Rio e vitória por 1 a 0 no Maracanã. Nas quartas, superou o Estudiantes com 3 a 2 no agregado, sofrendo gol nos minutos finais em La Plata e segurando pressão. Na semifinal, bateu o Racing por 3 a 1, com dois gols fora de casa. O retrospecto mostra cinco vitórias nos últimos seis jogos, equilíbrio entre setor defensivo e transição rápida, além da eficiência nos duelos aéreos — fator que pode ser decisivo diante da zaga palmeirense.
A final coloca em jogo não apenas o tetra, mas a supremacia recente do futebol brasileiro no continente. Palmeiras e Flamengo somam quatro títulos cada um desde 2018; quem vencer abre vantagem histórica e garante vaga no Mundial de Clubes. A partida também pode definir o ritmo de investidas no mercado para 2026, já que o prêmio financeiro da Conmebol cresce 40% para o campeão. Com forças ofensivas distintas — o Verdão aposta na mobilidade de seus alas, enquanto o Rubro-Negro explora cruzamentos para centroavante — o confronto terá o equilíbrio técnico como trunfo. Em campo neutro, a capacidade de adaptação tática e a frieza nas cobranças serão diferenciais para decidir quem escreve novo capítulo na história da competição sul-americana.
