Veja medidas impostas a mulher acusada de racismo em bar do DF
Veja medidas impostas a mulher acusada de racismo em bar do DF
Uma mulher de 47 anos, acusada de cometer racismo e agredir fisicamente um homem na saída de um bar no Conic, teve a liberdade provisória concedida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) no mesmo dia em que foi presa. A decisão foi tomada pelo Núcleo de Audiência de Custódia (NAC) e impõe várias medidas cautelares que a investigada, Lyra Pascalle Salvador, deverá cumprir durante a investigação.
A magistrada que presidiu a audiência explicou que a falta de antecedentes criminais da agressora fez com que não houvesse necessidade da conversão do flagrante em prisão preventiva. A juíza classificou os fatos como “episódio pontual”, ocorrido em contexto específico, e destacou que a prisão preventiva não se presta a antecipar eventual juízo de reprovação ou de culpabilidade. Além disso, a magistrada ressaltou que as medidas cautelares “revelam-se suficientes para acautelar o regular andamento de futura ação penal que vier a ser movida contra a conduzida”.
As medidas cautelares impostas a Lyra Pascalle Salvador incluem o dever de comparecer a todos os atos do processo, não se ausentar do Distrito Federal por mais de 30 dias sem autorização da Justiça e não mudar de endereço sem comunicação prévia. Ela também não pode manter contato ou se aproximar da vítima a uma distância menor que 500 metros. Em caso de descumprimento dessas medidas, a Justiça pode decretar a prisão preventiva da investigada. A vítima, que foi filmada pelas redes sociais, pode ser ouvida pela polícia para esclarecer o ocorrido. Segundo as filmagens, um homem se dirige à polícia e afirma que, antes de a vítima ser agredido, ele teria dito “chamou ele de preto safado” e perguntou ao homem “além de escória da humanidade eu agora vou ver drogas?”.
