Pretende adquirir equipamentos 220 V, mas só tem instalação para 110 V (ou vice-versa)? Descubra se um transformador é a opção para você
Precisar variar entre 110 V e 220 V é algo que pode preocupar muitas pessoas. Ninguém quer desembolsar mais dinheiro devido ao uso excessivo, mas também temos dúvidas quanto à potência de equipamentos e gadgets. Para respirar fundo e não se desesperar ao receber uma conta de luz, é válido saber se usar um transformador gasta mais energia no seu dia a dia.
Infelizmente, usar um transformador gasta mais energia do que o padrão, afetando de uma forma ou de outra a conta de luz do local.
Quem afirma isso para o Tecnoblog é Daniel Ribeiro Gomes – doutor e professor no curso de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). No geral, durante o processo de transformação de tensão, uma quantidade maior de watts acabará sendo consumida.
“Por outro lado, isso depende do aparelho, já que o acréscimo pode ser bem pequeno. Um micro-ondas, por exemplo, não faria uma diferença grande no fim do mês, ao contrário de uma geladeira”, conclui o professor.
Sim. O professor Gomes avisa que mesmo se deixarmos o equipamento desligado, mas ainda conectado à tomada, haverá um consumo constante de cerca de 2%. Tudo depende de sua potência, quanto maior for, mais irá absorver.
Sendo assim, ele sugere que “não é uma boa ideia deixá-lo conectado à energia se não estiver usando. Isso porque ele vai esquentar através de sua bobina primária, consumir eletricidade e poderá, em casos mais extremos, danificar”.
Sem usar uma linguagem mais técnica, Gomes aponta que o objeto envolve fenômenos tanto elétricos quanto magnéticos. Ele pode ser “abaixador”, que diminui uma voltagem, ou um “elevador”, que a aumenta. Isso envolve sempre uma tensão de entrada e outra de saída, algo que o mestre ressalta:
Essa relação se dá no projeto de bobinas, a primária e a secundária, fios enrolados em um núcleo ferromagnético. Isso fundamenta o que muitos chamam de ‘comunhão de fluxo’ ou ‘fluxo mútuo’, algo que amarra magneticamente as bobinas e realiza a transformação de energia.
Inicialmente, é preciso conhecer exatamente as tensões necessárias em seu local. Seja 110 V ou 220 V. Em seguida, a potência do transformador é importante para saber quanto de energia será gasta e se os equipamentos usados aceitarão bem a mudança.
Gomes recomenda que “o ideal é adquirir um aparelho que ofereça energia ‘de folga’, porque no comércio brasileiro há muitos fabricantes que usam materiais de baixa qualidade para otimizar o lucro. Falando nisso, é válido procurar por marcas conhecidas e consolidadas, pois elas têm opções de garantia”
Para falar dos cuidados, Marcelo da Silva, eletricista profissional há mais de 20 anos na região da Mooca, em São Paulo, passou ao Tecnoblog duas dicas valiosas:
Nunca compre um transformador de energia de segunda mão. Isso porque é difícil saber quanto tempo o item tem de uso e seu estado físico apenas olhando para ele. Prestar atenção na manutenção e no estado também é relevante, pois com o passar dos anos, o envelhecimento do isolamento do núcleo pode criar um aquecimento em demasia, resultando em curtos-circuitos e decomposição do óleo.
Pode parecer banal, mas o profissional destaca que “sempre é preciso verificar a entrada e saída do equipamento, pois essa é a principal causa de acidentes e incêndios quando se trata de transformador de energia”.
“No geral, a maioria dos eletrônicos de consumo como micro-ondas, furadeiras, aparelhos de TV, etc. não trazem resistência na hora de usar um desses objetos. O motivo disso é que hoje em dia, muitos já vêm com a opção bivolt direto da caixa”
Por outro lado, o eletricista ressalta que:
É preciso ler muito atentamente o manual de cada item. Em casos como um ar-condicionado, por exemplo, o ideal é não usar um transformador de energia. Há riscos de choques, curtos-circuitos e danos no aparelho. No caso de geladeiras, a maioria aceita facilmente um transformador, mas se a pessoa ficar com dúvidas, é uma boa ideia consultar um profissional para instalações e explicações sobre os cuidados.
Por fim, Silva afirma que essa percepção é equivocada por muitas pessoas. “O gasto é determinado pela potência do aparelho. Por exemplo, se o seu chuveiro informa um consumo de 5.000 watts, então ele fará isso independentemente da voltagem escolhida em sua casa, seja 110 V ou 220 V. Por isso, é importante ler a embalagem de cada objeto”.
Não podemos esquecer que, independentemente da tensão, usar esses equipamentos com o transformador acabará aumentando a conta de luz, como afirmado pelo professor Daniel Ribeiro Gomes.
Há muitos questionamentos se um transformador gasta mais energia, contudo, sempre é válido tentar responder o máximo possível. Você ainda tem alguma dúvida sobre o assunto?
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Por isso que bani os estabilizadores da minha vida, eles em 99% dos casos usam transformadores, melhor uma fonte PFC ativo e um bom filtro de linha.
Muitos nobreak tem transformador para estabilizar a tensão, o que eu acho uma burrice, queria um sem transformador.
Aqueles nobreaks da Weg será que presta ?
Aqui já começa o problema pra mim
Tensão de Entrada: 120/220 V
Tensão saida: 115 V
ele tem transformador, então perde eficiência energética.
Pra manter o meu wifi eu construí um nobreak 12v, mas já se acha alguma coisa pronta pra vender hoje em dia.
No caso teria que ser 115 entrada e saída ?
Tensão de Entrada: 120/220 V
Tensão saida: 115 V
Pra manter o meu wifi eu construí um nobreak 12v,
É difícil fazer um ? Tenho uma bateria de 12 v de chumbo ácido que tinha em um amplificador, só não sei a amperagem, mas chuto que deva ser em torno de 1
Eu usei bateria de litio de notebook e segui um tutorial do youtube, as de chumbo tem o complicador que elas descarregam sozinho e ai tem de fazer um circuito flutuador tambem.
No caso teria que ser 115 entrada e saída ?
Mesmo assim eles costumam ter um transformador para estabilizar a tensão, acho que a perda é menor mas não o ideal.
À procura da bateria perfeita
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